Prezados Amigos.
No término de mais um evento  religioso do culto aos Orixás devemos fazer sempre um balanço sobre o  que aprendemos com tudo que foi feito e o que devemos aperfeiçoar para  melhorarmos ainda mais e tornarmos mais agradável esse momento.
Foram 2 semanas de encontros com os membros do Culto que, iniciados ou  não, deram o  melhor para bem cumprir seu papel no contexto religioso  em que se inseriram voluntariamente.
Muitas ausências foram  sentidas. Alguns por motivos de cunho profissional, outros por motivos  de foro íntimo ou força maior, outros, até sem motivo algum. 
Para aqueles que ali estavam, conscientes de seu papel para com eles  próprios, vai aí meus respeitos.
Porém cabe aqui uma reflexão para os  irmãos e irmãos que estão ali compondo a Comunidade, porém não compreendem bem o seu papel ou  acreditam que sua presença, em um dia que seja ou uma ajuda, por mínima  que possa parecer, irá fazer diferença: Todos..., todos mesmo, que ali  comparecem acrescentam em sua história de vida um capítulo em prol de  seu semelhante e, em consequência, em seu próprio benefício. A escola de  relacionamentos que é a Casa religiosa na qual estamos inseridos, e  torno a dizer, inseridos VOLUNTARIAMENTE, cobra de nossa consciência um  papel pró-ativo, visto que, em um futuro incerto, poderemos nós próprios  estarmos ali naquela condição de necessitados de irmãos e irmãs para  nos acarinhar com suas presenças. 
Essas reflexões são observações amorosas que faço, não com o intuito de  cobrar rigidamente as presenças daqueles que não preocuparam-se com a  Comunidade que estava reunida em volta do culto ao Orixá e agiram como se  não fizessem parte dessa mesma Comunidade. Faço essa reflexão para  chamar atenção das pessoas que passam pela vida e não conseguem perceber  outros movimentos que ocorrem a sua frente e que, embora inseridos  formal ou informalmente em um grupo, não conseguem perceber o quanto são importantes  para compor harmoniosamente o todo. Vale isso para a família, trabalho,  religião, etc.... 
Assim:
Grato àqueles que dirigiram o culto;
Grato àqueles que sustentaram  com seu esforço o dia-a-dia nessas 2 semanas;
Grato àqueles que  fizeram simplesmente companhia nos momentos de solidão do hunkó;
Grato  àqueles que preocuparam-se com o bem estar de todos que ali permaneciam  nas funções características do culto, principalmente da companheira que  encontrava-se recolhida para mais uma etapa do voto sacerdotal;
Grato àqueles que elevaram seus pensamentos para que pudéssemos  interpretar a voltade do Orixá e realizar o culto com sucesso;
Enfim...  Grato mesmo àqueles que se fizeram indiferentes e, com essa atitude,  foram lembrados a cada momento do ritual, e, com certeza, receberam os  eflúvios bonançosos do sentimento - saudade - pela falta que suas  presenças fizeram para bem compor essa Comunidade de Axé.
Cordialmente.
Mario Jorge Souto
 
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