Arquivo do blog

25 de março de 2021

EGBON MARGARIDA DO GANTOIS - UM VAZIO SE FAZ NO CANDOMBLÉ CARIOCA

 ”Se awo kikun, awo kirun, nse awo mawo si Itula Ile Awo!” (Os iniciados no mistério não morrem, os iniciados no mistério não desaparecem, os iniciados no mistério vão para o Itulá!)

E ela partiu! Que Oxum e Iyemanjá a recebam no Orum, por tudo que representa para o Culto aos Orixás.
Tia Margarida de Oxum ou Egbon Margarida do Gantois; uma amizade com o Terreiro FIlhos de Deus de mais de 40 anos.
Uma relação de afeto, consideração e confiança. TIa Margarida deixa uma vazio na história do Candomblé carioca.
A conheci no início da década de 90, sentada à frente dos atabaques em nossa casa, mas sua frequência é bem anterior a isso.
Certa vez ela disse: "Os Ogãs da casa de D. Elzira, cantam pouco, mais cantam certo", conforme repete sempre o Alabê Fernando Cruz Duto.
Em uma brincadeira de um Ogã antigo visitante, em uma gira de Umbanda em nossa casa, a mesma, ao ser questionada quando chegaria sua preta-velha, respondeu em tom repreendedor: "quem dera eu tivesse uma preta-velha!", numa demonstração de humildade perante àquele sagrado que ali se apresentava.
Que Tia Margarida se recupere rapidamente dos males físicos que a afligiam e, em breve, resplandecente em espírito, esteja bem entre seu ancestrais para continuar sua existência.
Muito obrigado pela oportunidade de ter estado com a Senhora por todos esses anos.
À família carnal, especialmente Tia Glorinha e seus netos e netas, segue um abraço de solidariedade de toda a comunidade Filhos de Deus, especialmente de nossa Iyalorixá Kajaidê de Oxalá.







Nenhum comentário: