”Se awo kikun, awo kirun, nse awo mawo si Itula Ile Awo!” (Os iniciados no mistério não morrem, os iniciados no mistério não desaparecem, os iniciados no mistério vão para o Itulá!)
E ela partiu! Que Oxum e Iyemanjá a recebam no Orum, por tudo que representa para o Culto aos Orixás.
Tia Margarida de Oxum ou Egbon Margarida do Gantois; uma amizade com o Terreiro FIlhos de Deus de mais de 40 anos.
Uma relação de afeto, consideração e confiança.
TIa Margarida deixa uma vazio na história do Candomblé carioca.
A conheci no início da década de 90, sentada à frente dos atabaques em nossa casa, mas sua frequência é bem anterior a isso.
Certa vez ela disse: "Os Ogãs da casa de D. Elzira, cantam pouco, mais cantam certo", conforme repete sempre o Alabê Fernando Cruz Duto.
Em uma brincadeira de um Ogã antigo visitante, em uma gira de Umbanda em nossa casa, a mesma, ao ser questionada quando chegaria sua preta-velha, respondeu em tom repreendedor: "quem dera eu tivesse uma preta-velha!", numa demonstração de humildade perante àquele sagrado que ali se apresentava.
Que Tia Margarida se recupere rapidamente dos males físicos que a afligiam e, em breve, resplandecente em espírito, esteja bem entre seu ancestrais para continuar sua existência.
Muito obrigado pela oportunidade de ter estado com a Senhora por todos esses anos.
À família carnal, especialmente Tia Glorinha e seus netos e netas, segue um abraço de solidariedade de toda a comunidade Filhos de Deus, especialmente de nossa Iyalorixá Kajaidê de Oxalá.
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